A partir desta terça-feira (6) bancários de todo o Brasil entram em greve. A categoria rejeitou a proposta de reajuste salarial oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em agosto. Exceto o Sicredi, as agências de todos os outros bancos públicos e privados, localizadas na zona central de Pelotas, devem aderir à mobilização. Nos bairros a paralisação será parcial. No entanto, o Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região não sabe informar quais serviços funcionarão.

De acordo com o diretor de Comunicação do Sindicato, Luís Diogo, todas as agências da Caixa Econômica Federal e do Banrisul devem paralisar os serviços. Pelo Banco do Brasil, as unidades da avenida Bento Gonçalves, da rua Lobo da Costa e do Fragata também estarão paradas, porém, naquelas em outros pontos da cidade a greve não será geral. Em locais longe do Centro, funcionários dos bancos Santander, HSBC, Bradesco e Itaú devem paralisar, também, parcialmente.

Em assembleia realizada nesta segunda à tarde, na sede do Sindicato, a categoria definiu algumas estratégias de ação, como visitar agências de municípios da região, a fim de dialogar com os trabalhadores desses locais. Participaram da reunião servidores da Caixa e do Banrisul de Capão do Leão, Pedro Osório, Canguçu e Piratini. O movimento deve crescer na região durante a semana.

Fenabran mantém posicionamento
A proposta da Fenaban, rejeitada pela categoria, é de reajuste salarial de 6,5% - para uma inflação de 9,57% - e abono de R$ 3 mil, que não incide sobre os salários, nem sobre o FGTS, as férias ou o décimo terceiro. O reajuste do auxílio-alimentação passaria a R$ 523,48 mensais (e seria complementado pela 13ª cesta alimentação, no mesmo valor) e o auxílio refeição seria elevado a R$ 694,54 por mês.

A Fenaban aponta os canais alternativos durante a greve: caixas eletrônicos, internet banking, aplicativo (mobile banking), operações bancárias por telefone e também as casas lotéricas.

Principais reivindicações da categoria
- Reajuste salarial de 14,78% (com reposição da inflação mais 5% de aumento real)
- Piso de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese, em valores de junho deste ano)
- Vale-alimentação e vale-refeição no valor de R$ 880,00 ao mês, cada benefício
- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários
- 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês
- Garantia de emprego: fim das demissões, mais contratações e combate às terceirizações, diante do risco da aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal
- Melhores condições de trabalho com o fim da cobrança de metas consideradas abusivas, que reflete na saúde física e psicológica dos bancários
- Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas; abertura e fechamento remoto das agências e fim da guarda das chaves por funcionários.